Como disse antes, nossa familia tinha mais um agregado: Tim, um gatinho Siames que o Bem tinha me dado de presente.
Pois é, Tim tava se sentindo um pouco sozinho porque passávamos muito tempo nos restaurantes colocando aquilo em ordem.
Um dia chegamos em casa e não o encontramos.
Ficamos desesperados.
Procuramos por todos os lados, demos uma volta no quarteirão e nada de Tim.
Desconviamos de tudo, até dele ter passando pela porta quando entramos sem ser visto. Até ele ter sido roubado, pois em frente a nossa casa morava umas garotas (essa região era repleta de Republicas estudantis, pela aproximidade com a Universidade de Coimbra) que passavam o dia soltando beijos pra ele, que ficava na janela da frente todo exibido, se sentindo.
Chorei. Bem chorou, mas nada de Tim.
Nossa casa era de 2 andares e deixavamos sempre aberta uma janela do nosso quarto que dava para os fundos de um Museu, mas que pelo desnivel do terreno era muitoooo mais alto do que na frente. O problema é que lá viviam aproximadamente uns 20 gatos que eram alimentados pelo pessoal do museu.
Dois dias depois era a nossa folga e passamos o dia em casa. No final desse dia ouvi um miado familiar, e disse pro Bem: "É o Tim". Identifiquei de onde vinha o miado e vi pela janela o "bonitão" no meio das plantas do quintal do museu.
Tive vontade de mata-lo. Mas muito aliviada por encontra-lo.
O cio das gatas do Museu fez o Tim pular de uma
altura de aproximadamente de 25 metros por "amor".
Vinha todo sujo e cheio de carrapicho.
Decidimos arrumar uma companhia pra ele e foi então que encontramos a Pingo. Colocamos esse nome, porque ela era muito pequenina quando fomos busca-la.
Nesse começo, quase não cozinhamos porque o restaurante toma muito o nosso tempo e nas folgas preferiamos ir comer fora.
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